Grande Sertão: Veredas – João Guimarães Rosa

Grande Sertão: Veredas
Obra maior de Guimarães Rosa, o relato de três dias de Riobaldo, há mais de cinquenta anos, vem provocando os mais intensos debates e discussões, em torno dos quais forjou-se uma das mais fecundas fortunas críticas a partir de um único livro. Denso, enigmático, portentoso, Grande Sertão: Veredas apresenta, ao longo de seiscentas e tantas páginas, um palimpsesto de narrativas, em que se destacam, além do narrador-personagem Riobaldo Tatarana, o equívoco Reinaldo-Diadorim e o surpreendente Zé Bebelo. “Ah, tem uma repetição, que sempre outras vezes em minha vida acontece. Eu atravesso as coisas – e no meio da travessia não vejo! – só estava era entretido na idéia dos lugares de saída e de chegada. Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais em baixo, bem diverso dó que em primeiro se pensou. Viver não é muito perigoso?”.