Visita aos indígenas da Região do Vale do Mucuri em Teófilo Otoni-MG vem sendo integrada ao Currículo da Fammuc/UFVJM

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No último dia 04 de Julho de 2018, alunos do atual 2º período do curso de Medicina da FAMMUC , realizaram uma visita à Aldeia Maxakali, distrito de Topázio, Zona Rural do município de Teófilo Otoni, como parte das atividades do PIESC (Práticas Integrativas Ensino, Serviço e Comunidade II).

A visita foi articulada com a enfermeira Cinara Prates de Paulo que faz acompanhamento pelo Programa Saúde da Família da Saúde Indígena Municipal e dirigida pelo Professor Olavo Azevedo e o técnico em enfermagem da UFVJM, Eliel Alves do Nascimento.

Os alunos conheceram as dependências da Aldeia, conversaram com os indígenas intermediados por suas lideranças que traduziram o idioma indígena para o português. O objetivo da visita foi conhecer a comunidade indígena, avaliar as necessidades na área da saúde, entender os hábitos de vida e identificar a prevalência de doenças que atingem a população.

A comunidade FAMMUC/UFVJM – Campus Teófilo Otoni agradece a disponibilidade das lideranças da Aldeia Cachoeirinha pela acolhida e deseja que essa seja a primeira visita de outras tantas que poderão vir a ser realizadas, com o intuito de sensibilizar os moradores dessa região da importância dos cuidados com a saúde e prevenção de doenças .

Ficou para todos nós, membros da FAMMUC, um grande aprendizado e esperamos que iniciativas como essa contribuam para melhoria das comunidades no entorno do nosso campus.

Relato de aluna da Fammuc/UFVJM referente à experiência da visita à aldeia indígena no semestre passado

A visita à aldeia Maxakali foi um evento que marcou de maneira singular a minha formação acadêmica, proporcionando reflexões em torno da construção de um médico que seja humanista, crítico e faça uma abordagem integral do indivíduo. Nesse sentido, foi extremamente enriquecedor o contato com a cultura dos maxakalis, uma vez que, embora seja “diferente” da minha, é parte inerente da formação da identidade brasileira ocorrida ao longo dos séculos, a qual eu faço parte. Ao longo da visita, eu ouvi as crianças cantarem hinos entoados nos momentos de rituais de caça e pesca; aprendi como se pronuncia e escreve algumas palavras na língua nativa; conheci a índia mais idosa da tribo; compreendi quais são os hábitos e costumes próprios, como plantar, caçar, pescar, confeccionar bijuterias para venda e cozinhar no fogão a lenha; e observei quais são as verdadeiras condições de moradia dos maxakalis. Ademais, eu tive contato com os profissionais que trabalham na unidade de saúde existente na aldeia, compreendendo de maneira geral quais são os benefícios e progressos conquistados nessa área, e os maiores desafios e impasses que ainda existem para realizar a prevenção, a promoção, o tratamento e a recuperação da saúde dos indígenas. Por conseguinte, constatei que essa atividade acadêmica, proporcionada pelo professor Thiago Cerqueira e pela direção da Faculdade de Medicina do Mucuri (FAMMUC), foi de extrema relevância para o aprendizado “fora da caixa”. Isso porque me mostrou novos horizontes, apresentou outras realidades e me fez criar um raciocínio reflexivo a respeito da saúde pública brasileira para os diferentes segmentos da sociedade, principalmente para aqueles que são marginalizados pela sociedade. Agradeço a todos os envolvidos responsáveis pela realização dessa visita e saliento que foi um enorme prazer vivenciar essas experiências engrandecedoras”.

Laryssa Reis Coelho- Acadêmica do 3º período do curso de Medicina da Fammuc/UFVJM

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