A febre amarela é uma doença infecciosa, não contagiosa, que se mantém endêmica ou enzoótica nas florestas tropicais da América e África causando, periodicamente, surtos isolados ou epidemias de maior ou menor impacto em saúde pública, sendo transmitida ao homem mediante a picada de insetos hematófagos da família Culicidae, em especial dos gêneros Aedes sp e Haemagogus sp, respectivamente nas áreas urbana e rural. Os insetos são reservatórios do vírus na natureza e podem transmiti-los durante toda a vida. Os macacos podem ser picados pelos insetos e se constituem sentinelas da doença, uma vez que a observação da morte desses animais se constituem o primeiro alerta para que medidas de vigilância sejam tomadas.
A febre amarela foi a primeira febre hemorrágica viral descrita no mundo e a que mais temor provoca na sociedade moderna.
Os pacientes mais acometidos são, em sua maioria, indivíduos jovens, do sexo masculino, que realizam atividades agropecuárias, de extração de madeira, garimpeiros, vaqueiros, bem como ecoturistas que se embrenham nas matas sem vacinação prévia.
A letalidade global varia de 5% a 10% mas, entre os casos graves que evoluem com síndromes ictero-hemorrágica e hepato-renal, pode chegar a 50%. A febre amarela pode ser prevenida mediante aplicação da vacina 17D, uma das vacinas de vírus vivo atenuado mais seguras e eficazes. Recomenda-se a revacinação a cada 10 anos e, os indivíduos que receberam 2 doses da vacina, são considerados imunizados.
Profª Lízia Colares Vilela